Indústria brasileira Fazer uma moda genuinamente nacional é desafio, resistência e pulsação na urbe

 

“Vista aquilo que você acredita.” É o que crava Pedro Andrade, criador e estilista da Piet, marca que vem reescrevendo a moda brasileira masculina há cinco anos. A frase evidencia o que vem acontecendo nos últimos anos, quando a moda deixou de ser a forma das peças e o caimento das roupas para se tornar de vez a comunicação de um estilo de vida, de crenças e comportamentos. A palavra consciência ganhou espaço e o consumidor não é mais um elemento passivo nesse sistema. Ainda bombardeado pelo fast fashion e por campanhas que criam uma necessidade de consumo imaginária, muitos clientes buscam o conceito por trás da estética e valores enraizados no processo da marca que falem a seus corações. “Tem gente de fato pesquisando o que compra, principalmente o que veste e o que come. São esses que possibilitam que a Öus exista”, afirma Rafael Narciso, cocriador da marca que há oito anos traduz a cultura do skate em tênis e itens 100% nacionais. Rafael e Pedro foram os convidados do segundo dia do lounge TNT Lab no São Paulo Fashion Week que debateu o urban street made in Brasil.

O show do dia ficou por conta de Rico Dalasam, primeiro rapper assumidamente gay do Brasil. “A minha imagem é uma tentativa de comunicar como eu faço para existir e resistir. A moda tem esse papel, mas depois que eu entrego ao público, não sei o efeito que vai ter”, diz. E continua: “Misturar moda, rap e toda essa estética aqui neste lugar, neste instante, tem o efeito de apontar o que vem no futuro, como serão as coisas ali na frente”, diz se referindo a um mundo mais livre e aberto para a diversidade.

Fica ligado que ainda tem muita coisa pra rolar nessa São Paulo Fashion Week e o TNT Lab vai receber um monte de gente com histórias de resistência pra contar.

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