Vitórias no skate não vêm por acidente, nem se comemoram no pódio. PODE VIR que teve muita resistência no Oi STU Open, com o TNT Energy Drink.

 

Resistência é ocupar o maior campeonato mundial de street skate da América Latina com histórias reais de pessoas que lutaram e continuam lutando na cena, reafirmando seu compromisso com o skate. É dar o microfone na mão de quem acredita em si mesmo e mostra que, independentemente do local em que você vive, é possível questionar e lutar pelos seus sonhos. Como fez o skatista Ademar Lucas, âncora do canal do YouTube Ademafia. A ideia nasceu da vontade dos skatistas moradores da comunidade de Santo Amaro de mostrar a sua cara para a sociedade. Hoje tendo mais de 130 mil inscritos, cada vídeo traz a realidade das ruas das grandes cidades, extrapolando manobras e dando voz para pessoas que normalmente passam a margem de grandes mídias. Obstáculo nenhum é motivo para Ademar e seus amigos deixarem de se divertir e continuar brigando por condições melhores para aqueles que, como ele, amam o skate. Mas a marginalização pode vir por outro lado, o de ser o único representante de uma elite profissional em seu estado, por exemplo. Se em grandes cidades o skate já é algo consumido de forma orgânica, não podemos dizer o mesmo de centros mais afastados, onde a cultura urbana ainda não é tão facilmente digerida. Por isso, Pedro Iti foi convidado a nos contar como é ser o satélite que irradia toda uma postura para novas gerações em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Mais do que representar em campeonatos, Iti tem bem gravado em sua mente a necessidade de abrir caminhos para que novos skatistas passem por menos dificuldades e possam se desenvolver naquilo que escolheram para si. Ter sido pai recentemente abriu ainda mais a mente desse cara que sabe como é difícil resistir e evoluir quando o acesso a bons materiais, pistas e mesmo informação, são escassos.

“Resistimos numa coisa que todo mundo sempre tirou sarro…, mas a gente seguiu fazendo. Ninguém está rico, ninguém vai ficar, mas não vamos desistir.” Como não parar para ouvir Flavio Samelo, um dos mestres da fotografia no universo do skate? Ele tem muita moral para falar, pois desde meados dos anos 90 passou pelas quatro principais mídias de skate brasileiras. Atualmente editor da Vista Skateboard Art, ele também acabou por se tornar reconhecido depois da sua participação no programa “Pela Rua”, do canal OFF. Inclusive, mesmo após essa grande exposição e com muitos trabalhos envolvendo arte, moda, arquitetura, entre outros temas diversos, Samelo não abre mão de estar presente nos eventos de skate. Ele mesmo comenta informalmente que são esses momentos, de estar em contato com a galera que vive lutando para manter seu sonho, que o motivam em outras frentes de trabalho de sua vida.

As meninas também tiveram vez na pista e a fotógrafa Anairam de Leon frisou um ponto que, infelizmente, era impossível de acontecer até muito pouco tempo – “ver as meninas que andam sempre com a gente podendo participar e competir com os maiores nomes do skate mundial é incrível”. Ainda mais se levarmos em conta a dimensão de um campeonato como esse. A categoria Feminina foi deixada de lado durante anos, mas as garotas seguiram sua luta, buscando seu espaço e acabaram sendo beneficiadas, finalmente, pelo advento das Olimpíadas, que exige igualdade entre os gêneros. Uma prova de que as vitórias acabam vindo para aqueles que resistem. E como foi bonito ver o skate delas na pista, mostrando serviço. E se skate é resistência, também é arte. Com uma vida ligada ao universo do street art, o artista Wolmin sempre carregou um skate consigo. Para ele, reconhecido pelo humor ácido das suas obras, “a resistência é o combustível do trabalho”. Ele afirma ainda que é através do atrito que se evolui e se chega a novas possibilidades na carreira e na vida. Aliás, Wolmin não perdeu uma oportunidade de trocar ideias com a galera que passava para observar seu live painting durante o evento. Uma ideia diferente da sua é a oportunidade de aprender algo na vida.  Como disse o Ademar Lucas – “o skate vai muito além do que as pessoas podem ver”. Muito mais que um campeonato, onde apenas alguns poucos saem vencedores, o TNT LAB teve a oportunidade de evidenciar personalidades que estão construindo uma sociedade muito mais interessante. Se superar todos os dias importa mais do que qualquer medalha no peito. Essa é a verdadeira mensagem de resistência vinda das pistas.

PODE VIR.

 

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